LINHA DE AÇÃO E TRABALHO DOS MALANDROS



   


                       AS ENTIDADES QUE HOJE SE MANIFESTAM NESSA “NOVA” LINHA DE AÇÃO E TRABALHO UMBANDISTA, ANTES CHEGAVAM NAS GIRAS NAS LINHAS DOS BAIANOS OU DOS EXUS. AOS POUCOS, FORAM SENDO ACEITOS, RESPEITADOS E PROCURADOS, GANHANDO LINHA PRÓPRIA, COMANDADOS POR SEU ZÉ PELINTRA.

 

ORIGINARAM-SE NO CATIMBÓ NORDESTINO, COM IDENTIDADE NA PAJELANÇA XAMÂNICA DOS ÍNDIOS BRASILEIROS E NO CATOLICISMO, NA CHAMADA LINHA DOS MESTRES E DO CULTO À JUREMA SAGRADA, BEM ANTES DA UMBANDA. SÃO O RESULTADO DA GRANDE MISCIGENAÇÃO CULTURAL E RACIAL BRASILEIRA E RETRATAM AS POPULAÇÕES MARGINALIZADAS, DESFAVORECIDAS, POBRES E SOFREDORAS DAS PERIFERIAS DO PAÍS, TANTO RURAIS QUANTO URBANAS.

 

O CATIMBÓ SE DESENVOLVEU PARALELAMENTE À UMBANDA, MAS AMBOS SE ENCONTRARAM NOS GRANDES CENTROS URBANOS. O TERMO “MESTRE”, USADO NO CATIMBÓ, VEM DA FEITIÇARIA EUROPÉIA, PRINCIPALMENTE A PORTUGUESA, DA QUAL ADOTOU VÁRIAS PRÁTICAS, INCLUSIVE O USO DO CALDEIRÃO E RITUAIS DE MAGIA. É FUNDAMENTAL NO CATIMBÓ O USO DE ERVAS E RAÍZES, A FIDELIDADE AOS DOGMAS DO CATOLICISMO, AOS SANTOS, AO TERÇO, À ÁGUA BENTA E À REZA. O TRABALHO E A FORÇA ESTÃO NA FUMAÇA E NAS ERVAS. O FUMO É ESPECIALMENTE PREPARADO E A MAGIA DO TRABALHO VAI PELO AR, NO TEMPO, JUNTO COM A FUMAÇA E A BEBIDA.

 

EM GERAL, OS MESTRES SÃO ESPÍRITOS CURADORES QUE TIVERAM MORTES TRÁGICAS E SE “ENCANTARAM”. TRABALHAM PARA A SOLUÇÃO DE ALGUNS PROBLEMAS MATERIAIS E AMOROSOS.