IRÓKO
Irôko é considerado um orixá raro e tratado como tal, ou seja; possui poucos filhos e raramente se vê Irôko manifestado nos terreiros de umbanda.
Irôko é um orixá muito antigo. Irôko foi à primeira árvore plantada e pela qual todos os outros orixás desceram à Terra. Irôko é a própria representação da dimensão Tempo na umbanda.
Iroko, Iroco ou Roko (do iorubá Íròkò) é um orixá cultuado no candomblé e umbanda do Brasil pela nação Ketu e, como Loko, pela nação Jeje. Corresponde ao Inquice Tempo na nação Angola ou Congo.
O culto a Iroko é um dos mais populares e as relações com esta divindade quase sempre se baseiam na troca: um pedido feito, quando atendido, sempre deve ser pago pois não se deve correr o risco de desagradar Irôko, pois ele costuma perseguir aqueles que lhe devem.
Culto a Irôko
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Na África, a morada de Irôko é a árvore iroko, Milicia excelsa (antes classificada como Chlorophora excelsa), chamada “amoreira africana” na África de língua portuguesa. É uma árvore majestosa, encontrada da Serra Leoa à Tanzânia, que atinge 45 metros de altura e até 2,7 metros de diâmetro.
No Brasil, onde essa árvore não existe, diz-se que Irôko habita a gameleira branca, Ficus gomelleira ou Ficus doliaria(também chamada figueira-branca, guapoí, ibapoí, figueira-brava e gameleira-branca-de-purga). Nos terreiros, costuma-se manter uma dessas árvores como morada de Irôko, assinalada por um “ojá” (laço de pano branco) ao seu redor.
- Dia da Semana: segunda-feira.
- Cores: branco, verde (ou cinza) castanho
- Símbolo: tronco
- Domínios: Ancestralidade
- Saudação: Iroko Issó! Eró! Iroko Kissilé!
Características dos filhos de Irôko
Os filhos de Irôko são tidos como faladores, ciumentos, camaradas, inteligentes, competentes, teimosos, turrões e generosos. Gostam de diversão: dançar e cozinhar; comer e beber bem.
Apaixonam-se com facilidade e gostam de liderar. Dotados de senso de justiça, são amigos queridos, mas também podem ser inimigos terríveis, no entanto, reconciliam-se facilmente. Um grande defeito dos filhos deste orixá, sabido entre as pessoas que frequentam os terreiros de umbanda; é o facto de não conseguirem guardar segredos.